Minha História




Minha  Historia: Por Zilda Vieira
Nasci em 12 de março de 1940 na Maternidade de Santa Casa de Misericórdia, na Vila Rubim em Vitória, Estado do Espirito Santo. Fui morar com mina família sanguínea numa casa humilde no Bairro de Santo Antônio. Na época, não existia em Vitória, um conhecimento acerca de meu “problema” congênito, a microcefalia.

Figura 1- Fonte Wikipedia
Ao me ver, minha Mãezinha Catarina, deve ter ficado um pouco preocupada...É possível que Mamãe, como ocorria na época com a maioria da mães de crianças com algum tipo de deficiência, tenha tido muita dificuldade de acolhimento de meu caso nas instituições da cidade, pois estes recursos quase que inexistiam. Minha madrinha Marieta Pandolpho, dizia que um médico da época, disse que faltava um osso em minha cabeça, pois meu crânio era todo mole e pequeno, em relação aos dos outros bebes. Hoje, sabemos um pouco mais sobre o tema. Por exemplo: Na wikipedia encontramos as seguintes informações:
Diversos fatores podem predispor o feto a sofrer os problemas que afetam o desenvolvimento normal da caixa craniana tanto durante a gravidez quanto nos primeiros anos de vida. Assim, as causas são divididas em duas categorias:
Congênitas
Consumo abusivo de álcool e/ou exposição a drogas como aminopterina, metil-mercúrio, piriproxifeno, cocaína e heroína durante a gravidez; Diabetes materna mal controlada; Hipotiroidismo materno; Insuficiência placentária e outros fatores associados à restrição do crescimento fetal e pré-eclâmpsia;
Anomalias genéticas;
Exposição a radiação de bombas atômicas;
Infecções durante a gravidez, especialmente rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose. Estudos indicam uma ligação com o vírus Zika.
Pós-natais
Má-formação do metabolismo; Infecções intracranianas (encefalite e meningite); Intoxicação por cobre; Hipotiroidismo infantil; Anemia crônica infantil; Traumas disruptivos (como AVC); Insuficiência renal crônica.

Naquele tempo não existia tratamento para este tipo de problema porque não se fazia o pré-natal, ela deu todo amor e carinho da medida possível e não podia continuar tomando conta de min me entregou para uma família de portugueses e continuou trabalhando na casa deles. Eu ficava dentro de um caixotinho na cozinha e quantas vezes tomava as mamadeiras inadequadas e, em um momento da vida, ela me levou embora, Fomos morar em um lugar chamado Santo Antonio e ao passar pela praça principal viu em que estado eu me encontrava chamou pelo português e disse; senhor pegue esta criança, pois esta quase sem vida. Como ele tinha uma padaria, me trouxe me botou deitada em cima de um tabuleiro, ao ouvirem o choro de uma criança ficaram assustados da onde estava vindo aquele choro, foi aí que passaram a cuidar de min ,mesmo assim veio me buscar de novo, colocaram na mente dela para me colocarem em um orfanato no qual sai de la aos 16 anos.
Fui morar novamente com os portugueses que me ensinaram a trabalhar e me deram o pão de cada dia, isto e´; o ensino, a educação e o estudo. Não foi fácil! Com o seu falecimento de mais Pais adotivos, fui morar na rua sobre o relento me sujeitando a tudo, tomava conta dos carros para poder me sustentar pedia muito a deus para me tirar dessas situações e ate que um dia quando consegui, fui parar em Jacaraipe e de la voltei fui morar na volta do ravaióle. em 1989, tive um AVC, derrame cerebral, sai do hospital como de nada tivesse acontecido, passado mais um tempo tive o segundo avc no qual fiquei com pequenas sequelas, tive que usar um aparelho que durou 29 anos. passei por momentos difíceis, não. falava e nem andava e ate que um dia resolvi entrar numa igreja e pensei muito; me perguntei; Jesus porque eu não posso ficar em pé? Dai, disse para mim mesma, firma minha perna, firma meu braço e foi nesta hora que eu dei um pulo para cima, a largando um dos meus braços e sai andando de uma ponta a outra pulando de alegria a emoção foi grande. E hoje como diaconisa na obra do Senhor fico muito feliz e é por isso que há 14 anos que eu sirvo este Deus tão maravilhoso que me curou e supre todas as minhas necessidades. Foi através deste Deus, que hoje sou uma atleta paralímpica máster mundial.




REFERENCIAS:
Ashwal, S.; Michelson, D.; Plawner, L.; Dobyns, W. B. (2009). "Practice Parameter: Evaluation of the child with microcephaly (an evidence-based review)". Neurology 73 (11): 887–897. doi:10.1212/WNL.0b013e3181b783f7.



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